Vereador propõe projeto que isenta taxas de construção para moradias populares em Penha

Um projeto apresentado na Câmara de Vereadores de Penha propõe isenção de taxas de construção para famílias que desejam erguer moradias populares de até 60m².
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Por Marisco News, Penha

Um projeto apresentado na Câmara de Vereadores de Penha busca facilitar o acesso à moradia regularizada para famílias de baixa renda no município. O Projeto de Lei nº 121/2025, de autoria do vereador Diego Luís Matiello, propõe a isenção das taxas de alvará de construção, análise de projeto e emissão de “Habite-se” para residências unifamiliares de até 60 metros quadrados destinadas à moradia própria.

A proposta beneficia famílias com renda mensal dentro do teto de isenção do Imposto de Renda e que não possuam outro imóvel em seu nome. Além disso, o terreno deverá estar devidamente cadastrado e a construção precisa seguir todas as normas do Código de Obras e leis urbanísticas municipais.

De acordo com o texto, o benefício poderá ser concedido apenas uma vez por família, e o imóvel deverá ser utilizado exclusivamente como moradia própria por um período mínimo de cinco anos, sendo vedada a revenda ou locação nesse prazo. Caso seja constatada falsidade nas informações ou desvio da finalidade, o município poderá revogar o benefício e cobrar as taxas retroativamente, com multa de até 100% do valor original.

O projeto ainda prevê que o Poder Executivo regulamente a lei em até 120 dias, definindo os trâmites administrativos e os critérios de vistoria. Além disso, a prefeitura deverá publicar anualmente um relatório com o número de beneficiários e o impacto financeiro da medida.

Segundo o vereador Diego Matiello, a iniciativa não cria gastos novos, mas corrige uma distorção que impede famílias de baixa renda de construir legalmente.

“Essa proposta transforma burocracia em oportunidade. É uma medida de justiça social que regulariza construções populares, amplia a arrecadação futura e fortalece a função social da propriedade”, destacou o parlamentar.

O estudo técnico que acompanha o projeto aponta que a renúncia anual estimada é de R$ 26 mil, valor que seria compensado em até três anos com o aumento da arrecadação de IPTU das novas construções regularizadas.

Com a iniciativa, Penha se coloca na direção de uma política urbana sustentável e inclusiva, oferecendo dignidade habitacional a quem mais precisa e fortalecendo a arrecadação municipal de forma planejada e responsável.